quinta-feira, 19 de junho de 2008

Terebentino Lombardo


Versos arborícolas

Como é bela a sandice colada á velhice
Ás árvores ninguém desdiz a idade
Mas antes as gabam e a seus arcaicos ramos
Verdura pendente do céu
Esparregado plantado no tecto azul
Estrofes fendidas no vento
Grossa riqueza oferecida em sombra
Alvéolos dum mundo que já respira mal.
Refúgio de bichos.
Matéria de berço e de barco de recreio.
Cadeira de escola e caixão.
Árvores sandeiras, velhas matreiras
Cabe a vós salvar o mundo e a Ikea.



Terebentino Lombardo, Nú no Éden


Terebentino Lombardo é funcionário público há noventa e tal anos. O tempo livre dedica-o á poesia. Tem um papagaio loiro de bico doirado e pouco mais. Desde 2002 publica regularmente na Trampolim Taciturno sempre o mesmo livro: o clássico florestal Nú no Éden.

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