segunda-feira, 17 de março de 2008

Leituras


Confesso que não tive oportunidade de ler o livro O meu nome é guião. Mas o título é catita. De Lobo Antunes tive o prazer de ler a Memória de Altifalante onde como toda a gente me pasmei perante a parábola do elefante e do cornaca. Para quem não leu o livro trata-se duma pequena estória sobre um cornaca sádico que todas as manhãs sorvia o seu leite de coco depois de abrir o mesmo coco na cabeça do elefante. Durante anos o elefante aguentou mas um dia ao entardecer pegou num coco e esmagou a cabeça do cornaca. Mas a beleza de toda a parábola jaz no facto de ninguém saber se o elefante comeu o coco ou não. Li também o belo Ontem não te vi na Lapónia, onde o personagem Ravintola abandona a sua ocupação de vendedor de gomas em Helsínquia para ver a aurora boreal e encontrar o seu guia animal. E mais não digo. Recomendo toda a obra de Lobo Antunes até os livros que ele ainda não escreveu. Sendo psiquiatra não é maluco de todo, o que é, como é sabido cousa muy rara.


3 comentários:

redonda disse...

E agora, como eu não li nenhuma das obras referidas fico sem saber o que é e o que não é verdade...:)
Vou tentar começar pelas obas ainda não escritas para ser das primeiras a lê-las!

Anônimo disse...

Como é? Vou ter de reler essa coisa da Memória de Alicante para ver se esta "posta" do Alien Taco ( não é assim que se diz ? será "post" ou "postal"? "postagem" ? ou "postadura" ?) enfim, se é a sério. E essa coisa também do elefante e da cornuda de partir o côco em helsínquia na tola do Rabi

Anônimo disse...

É só chatices, vou ter de ler aquilo outra vez ...