segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Bastos caracóis e o casulo Ulissiponense



Ah, caralho! Devia ter pedido um t6 agora estou aqui na província e não posso ir ás tascas com homens a sério comer caracóis e pipis a sério. Sinto-me como um cão velhadas entre flores de funerária. As saudades que eu já tinha da minha neo-realista casinha. O meu retiro de guerreiro arrematado pela soberba doutros homens que não eu. Oh, piedosa deusa da igualdade guia-me pelas barricadas do obscurantismo e dá-me uma morada com vista para o Tagus e uma tagus para a mão. E tremoços a sério com cafés com mesas a sério. Aqui na província tudo é a brincar e eu estou velho para folguedos. Quero é caracóis, que tal como eu carregam o fardo duma casa ás costas. Sim, quero caracóis verdadeiros daqueles bem anafados. Quero caracóis que têm como eu que ter um telhado para a sua carne.
Sim, sou eu: Bastos, o locatário

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